Os
filmes são um dos suportes mais apropriados pela história nos últimos anos,
entendido como uma forma de ver o mundo e o real. E a partir das formulações da
Nova Historia também entendido como um suporte de produção histórico.
Muitas críticas são feitas a respeito da legitimidade ou cientificidade que o suporte cinematográfico pode ter. Grande parte dos historiadores ainda pode pensar que o filme banaliza a história, quando não a falsifica ou a distorce do real. Mas a verdade é que a historiografia é tão artística e cientifica quanto o cinema. É impossível saber como o passado é em toda a sua realidade. O historiador consegue fazer um apanhado, com base nas fontes, dos registros históricos. Assim, forma assertivas e reconstrói parte do real. O filme é também a representação do que é perceptível do real. A ficção-história não é uma carga apenas do cinema, mas também dos documentos escritos.
O cinema-história é uma forma de representação. Quer seja com sua percepção do real, quer seja com sua carga ficcional, as produções cinematográficas são registros históricos, não apenas de momentos e indivíduos, mas também de costumes, conceitos, moda, expressos por figurinos, paisagens e demais aspectos. Este tipo de produção histórica foi defendido e explorado por historiadores da escola dos Annales como Marc Ferro, Pierre Nora e Jacques Le Goff (1924-2014), que participou de produções como O Nome da Rosa.
Muitas críticas são feitas a respeito da legitimidade ou cientificidade que o suporte cinematográfico pode ter. Grande parte dos historiadores ainda pode pensar que o filme banaliza a história, quando não a falsifica ou a distorce do real. Mas a verdade é que a historiografia é tão artística e cientifica quanto o cinema. É impossível saber como o passado é em toda a sua realidade. O historiador consegue fazer um apanhado, com base nas fontes, dos registros históricos. Assim, forma assertivas e reconstrói parte do real. O filme é também a representação do que é perceptível do real. A ficção-história não é uma carga apenas do cinema, mas também dos documentos escritos.
O cinema-história é uma forma de representação. Quer seja com sua percepção do real, quer seja com sua carga ficcional, as produções cinematográficas são registros históricos, não apenas de momentos e indivíduos, mas também de costumes, conceitos, moda, expressos por figurinos, paisagens e demais aspectos. Este tipo de produção histórica foi defendido e explorado por historiadores da escola dos Annales como Marc Ferro, Pierre Nora e Jacques Le Goff (1924-2014), que participou de produções como O Nome da Rosa.
Visto
que os filmes são ótimos exemplos de registros históricos, o desafio é como trabalhar
estes suportes, mais especificamente no ambiente escolar. A resposta está
naquilo que os filmes têm como principal papel nas grandes massas, que é a
visível capacidade de formar opiniões e conceitos, além, é claro, de abordar de
forma mais fácil alguns assuntos. Mas a pura exibição do filme não produz
resultados aceitáveis. Além de fornecer as opiniões e conceitos é preciso
construir o entendimento destes através do tempo. Assim, o filme por si só é incompleto
na prática pedagógica. Ele precisa sempre ser acompanhado de exercícios
auxiliares, como discussões, produções textuais, dinâmicas, trabalhos em grupo,
ações que venham a contribuir com a reflexão das representações. Estas
atividades fazem parte da inteligibilidade do cinema-história na sala de aula e
constituem uma importante ferramenta de ensino.
Postagem de Emídio de Medeiros (emidio.medeiros@hotmail.com)
Referências bibliográficas:
O filme e a representação do real. Disponível em: <http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/90/90>. Acesso em: Nov 2014.
Apologia da relação cinema-história. Disponível em: <http://www.oolhodahistoria.ufba.br/01apolog.html>. Acesso em: Nov 2014.
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